Além dos habituais jantares e reuniões de amigos e família, existem muitas diferentes tradições de ano novo, de acordo com a família, país, religião ou cultura.
Seja em casa, numa festa ou na rua, entre amigos e familiares, por todo o mundo a celebração da noite de Passagem de Ano é marcada por rituais, tradições e superstições.
Em Portugal, não somos exceção. Na véspera de ano novo, por norma, a noite começa com um jantar em família, repleto da mais típica gastronomia e respetivos doces da época. A cor da roupa interior é também, algo que os portugueses dão grande atenção nesta noite.
Todas estas tradições de ano novo têm um objetivo em comum: atrair boa sorte para o ano que se avizinha.
Conheça algumas destas tradições:
1. Vestir roupa interior azul:
Segundo manda a tradição, no réveillon devem ser usadas um par de cuecas azuis. Não se sabe bem onde, nem quando começou esta tradição. No entanto, esta tradição deve ser adaptada ao gosto de cada um. O azul, é uma cor que se crê dar sorte durante todo o ano, associa-se também à tranquilidade, serenidade e harmonia. Traz mais compreensão e maturidade para o ano novo.
Os portugueses, gostam de estrear cuecas azuis, mas também há quem as vista de outras cores, para atraírem aquilo que mais anseiam.
2. Estrear uma peça de roupa:
Embora os tempos sejam de sustentabilidade e poupança, reza a lenda que na passagem de ano devemos estrear uma peça de roupa nova, de forma a atrair boa sorte e novas oportunidades.
É fácil de cumprir esta tradição, se o requisito é vestir roupa nova e não pretende gastar dinheiro desnecessário, opte por comprar umas cuecas.
Para começar o ano com segurança monetária não se deve vestir roupas descosidas, rasgadas, apertadas ou sem botões. Outra superstição é fazer a cama com lençóis novos pois atrai boa sorte e amor.
3. Comer 12 passas e pedir 12 desejos:
Esta é, provavelmente a tradição de ano novo mais popularizada. Uma tradição com origem em Madrid, no final do século XIX – o ritual de comer 12 passas, enquanto se pedem 12 desejos logo após as 12 baladas, promete tornar realidade tudo o que desejamos.
4. Brindar com Espumante ou Champagne:
Diz a tradição que brindar ao novo ano com champanhe ou espumante traz vitalidade, boa sorte e prosperidade. Para reforçar as boas energias deve-se guardar a rolha da garrafa e só deitá-la fora no ano seguinte.
Nada melhor do que começar o ano feliz para trazer boas energias para a sua vida.
5. Subir a uma cadeira e saltar com o pé direito:
É comum subirmos para uma cadeira como forma simbólica de estarmos mais perto do Céu, num momento de transição, de maneira a atrair sorte.
Pelo menos é nisso que acreditam as pessoas que brindam ao novo ano. Mas atenção, segundo a tradição, tem de se subir com o pé direito e com uma nota na mão, para garantir prosperidade.
É comum saltar com o pé direito para entrarmos em bem no novo ano.
6. Começar o ano com dinheiro nas mãos, nos bolsos ou nos pés:
Seguindo a crença oriental de que a energia entra pelo corpo através dos pés, muitos são os que não dispensam passar a meia-noite com uma nota no sapato, no bolso ou na mão. A ideia é que a energia do dinheiro percorra todo o corpo, de forma a não lhe faltar riqueza no ano que entra. Segundo a lei da atração, atraímos aquilo que pensamos, por isso não se esqueça de ter umas quantas notas na mão.
Aliás há quem faça a primeira compra do ano com essa nota.
Verdade ou mentira, ninguém sabe dizer. Pelo sim, pelo não, começar o novo ano com algumas notas na mão traz-nos a confiança de que dinheiro atrai dinheiro.
7. Fazer barulho com loiça ou panelas:
Consta-se que na altura do império romano, quando havia um eclipse as pessoas faziam barulho para afastar o perigo do sol não voltar. Na noite da passagem de ano, o barulho dos tachos e das panelas a bater serve para afugentar o medo de tudo aquilo que nos assusta.
É uma tradição mais forte no sul do país e que remonta a antigos rituais pagãos – acredita estar a afugentar os maus espíritos do ano anterior. Limpar a casa de objetos velhos, mais do que dar sorte, é também uma boa tarefa doméstica
8. Abrir todas as portas e acender todas as luzes:
Fazer a passagem de ano em casa, além de ser menos dispendioso, permite cumprir com algumas superstições, para que a sorte do ano novo não fique comprometida. É o caso de atirar dinheiro para dentro de casa, contar as dozes badaladas com o pé direito no chão e acender todas as luzes e abrir todas as portas, sair do local e voltar a entrar. Nada que incomode os vizinhos, pois nessa noite todo o prédio está em festa.
9. Beijar a cara-metade:
Não se sabe ao certo onde terá surgido esta tradição, mas há quem diga que estará ligada a um festival romano em honra de Saturno, que se fazia numa época muito próxima à da atual passagem de ano, e em que todos se beijavam como ato de celebração.
Beijar alguém é um dos rituais mais comuns desta noite nos EUA e que também terá chegado a Portugal, beijarem-se debaixo de uma chuva de confettis ou fogo-de-artifício.
10. Assistir ao fogo-de-artifício:
É uma atração garantida em todo o mundo. Os países situados no centro do Pacífico Sul, com um fuso horário de mais de 13 horas, são os primeiros a entrar no novo ano, por exemplo, a Nova Zelândia, no dia 31 de Dezembro, às 11h de Lisboa já entrou no dia 1 de janeiro.
Em Portugal, dezenas de municípios proporcionam espetáculos pirotécnicos, normalmente associados a concertos em grandes palcos ao ar livre.
É a principal atração da noite para muitos portugueses.
11. Primeiro banho do ano no mar:
Em algumas zonas costeiras, principalmente no Norte do país, há a tradição de iniciar o novo ano com um mergulho no mar. Esta tradição assemelha-se a um ritual de passagem que implica coragem e resistência no ano novo.
Só a crença de que a experiência enrijece os ossos, dá saúde e purifica o espírito.
A passagem de ano, um pouco por todo o mundo, está repleta destes e outros rituais, tradições ou superstições, é o que cada um lhe quiser chamar.
Umas têm origens seculares, outras parecem ter comportamentos estranhos. Há quem as cumpra, enquanto outros não perdem tempo a desacreditá-las. Certo é que maioria de nós cumpre pelo menos uma tradição na passagem de ano.